Mantega confirma aumento de Imposto de Importação para 100 produtos.
Siderurgia, petroquímica, química fina, medicamentos e bens de capital estão entre os segmentos beneficiados
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou
nesta terça-feira que a Câmara de Comércio
Exterior (Camex) aprovou a elevação do Imposto de
Importação para 100 produtos. No entanto, ele
afirmou que os preços domésticos desses itens
serão monitorados e, se houver reajuste de preços,
o governo derrubará imediatamente as alíquotas que
foram majoradas.
Entre os setores beneficiados estão o de
siderurgia, petroquímica, química fina,
medicamentos e bens de capital, disse o ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Fernando Pimentel.
— Se houver aumento de preços, vai criar inflação.
E não queremos isso — afirmou Mantega.
Ao ser questionado se a medida seria suficiente
para ajudar os setores afetados pela concorrência
internacional, o ministro da Fazenda destacou que
o Brasil já tem o câmbio mais favorável, tem
promovido redução de tributos, além de juros
menores. De acordo com ele, o aumento das
alíquotas do Imposto de Importação se soma a estes
outros fatores e se espera que a indústria produza
mais. A alíquota, no geral, vai a 25%.
Em razão da crise internacional, os países do
Mercosul aprovaram a criação de uma lista de
exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) para proteger
os mercados domésticos da concorrência dos
importados. O Brasil aprovou nesta terça-feira os
primeiros 100 produtos, mas em outubro deve
concluir a lista, atingindo os 200 itens
permitidos. Esta lista de exceção, por ser uma
medida protecionista, só permite a elevação do
Imposto de Importação. Paralela a ela, cada país
do Mercosul continuará com outra lista de exceção
de 100 produtos, pela qual cada nação pode elevar
ou reduzir o Imposto de Importação cobrado de
produtos de países fora do bloco.
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