Cabotagem é uma das alternativas para o futuro do transporte de cargas no Brasil
Duas das maiores companhias do segmento no país esperam aumento na movimentação de cargas em 2017
Nos últimos anos, a cabotagem vem sendo apontada
como um dos modais que mais tendem a crescer na
movimentação de cargas brasileira, podendo se
tornar o segmento mais lucrativo para os negócios
de muitas empresas. Duas das maiores companhias do
segmento no país, Aliança Navegação e Log-In
Logística, corroboram essas perspectivas.
Segundo o diretor comercial da Log-In, Márcio
Arany, já é possível perceber que muitas empresas
estão migrando o transporte parcial ou total de
suas mercadorias do modal rodoviário para a
cabotagem. “No ano passado, entre novas rotas e
clientes, a Log-In registrou 600 operações. Neste
ano, o interesse de empresas de diversos setores
se mantém: entre cinco a dez clientes fazem testes
com a cabotagem toda semana”, afirma.
O gerente geral de Mercosul e cabotagem da Aliança
Navegação, Marcus Voloch, complementa. “Além da
redução de custos em relação ao transporte
rodoviário, de 10% a 15%, a cabotagem configura-se
em um autêntico transporte porta a porta, que une
rapidez e economia por meio de um planejamento de
operações multimodais, resultando em um meio de
transporte sustentável, com baixa emissão de CO².
Para quem utiliza o transporte marítimo, outras
vantagens são a rastreabilidade em qualquer ponto,
a integração dos modais para otimização da cadeia
logística e menor índice de avarias”, reforça o
executivo da Aliança, patrocinadora oficial da
Intermodal South America 2017, que será realizada
em abril, na cidade de São Paulo (SP).
Crescimento - Arany destaca, inclusive, que os
negócios da Log-In neste modal seguem em
crescimento constante e devem continuar expandindo
em 2017. “O Serviço Atlântico Sul da Log-In, por
exemplo, conecta toda a costa brasileira, desde
Fortaleza, no Ceará, até Buenos Aires, na
Argentina. Nosso tráfego de volumes no Mercosul
aumentou 7,4% no terceiro trimestre de 2016 em
relação ao mesmo período do ano anterior, com um
avanço acumulado de 11,5% nos nove primeiros meses
do ano passado em relação a 2015. Este segmento
tem crescido progressivamente após a redução das
barreiras à importação promovida pelo governo
argentino e acreditamos que os volumes
transportados nesta rota manterão trajetória de
crescimento em 2017”, pondera o diretor comercial
da Log-In, expositora da 23ª edição da
Intermodal.
Voloch, por sua vez, lembra que, mesmo diante de
um cenário recessivo em 2016, a Aliança Navegação
e Logística finalizou o ano com um crescimento de
7% na cabotagem e 210 mil contêineres
movimentados, o que significa 15 mil a mais que em
2015. “Os setores que mais cresceram foram os de
alimentos, químicos e resinas, produtos de
limpeza, papelaria, embalagens e materiais de
construção”, conclui.
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