Patamar brasileiro no Comex depende de confirmação de impeachment
Cenário é crítico, mas governo já trabalha com propostas em áreas de interesse do setor
O governo brasileiro tem como meta a maior
inserção do país em mercados internacionais,
fortalecendo relações comerciais com parceiros
tradicionais e emergentes, uma necessidade real.
“Estamos alinhados com a agenda internacional da
CNI para 2016. Após a confirmação do impeachment,
pretendemos liderar missões para elevar o patamar
brasileiro em relação ao comércio exterior”,
anunciou o ministro da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços, Marcos Pereira, ao setor
produtivo, durante palestra na sede da CNI
(Confederação Nacional da Indústria).
De acordo com ele, o MDIC trabalha na conclusão de
acordos nos planos bilateral, regional e
multilateral e de negociações em áreas como bens,
serviços, facilitação de comércio, regulamentos
técnicos e compras governamentais. Alguns países e
blocos são considerados prioritários, como os
Estados Unidos, México, os países sul-americanos
da Bacia do Pacífico e a União Europeia.
O ministro destacou ainda o Portal Único de
Comércio Exterior, principal ação concreta de
facilitação de comércio exterior do Governo
Brasileiro que representa a reformulação dos
processos de exportação e importação e trânsito
aduaneiro. O Portal que foi apresentado ontem,
terça-feira (26), e teve cobertura do Guia
Marítimo (Leia no Guia), quando concluído em 2017,
tem a expectativa de reduzir em 40% os prazos
médios de exportação (13 para 8 dias) e importação
(17 para 10 dias).
De acordo com Pereira, o Brasil deve retomar a
rota do crescimento a partir do impeachment e
afirmou: “Precisamos sinalizar com medidas
concretas a partir da confirmação do processo de
afastamento da presidente Dilma, pelo Senado
Federal, e das eleições municipais de outubro. Até
lá, temos limitações”.
Diante do cenário – necessidade de reformas para o
desenvolvimento do país, momento desafiador para a
indústria nacional, retração na produção e queda
na participação do PIB - o ministro defendeu a
inserção da agenda da indústria na estratégia
nacional de desenvolvimento econômico. “O
presidente Temer está muito sensível à agenda de
prioridades da indústria, assim como diversos
órgãos de governo. Essas ações precisam
coordenadas e setorizadas”, disse.
Vale ressaltar que a pasta trabalha com propostas
em pelo menos quatro áreas de interesse do setor:
produtividade, investimento, redução de custos e
desburocratização. Entre as ações para ampliar a
produtividade, o ministro destacou o Programa
Brasil Mais Produtivo, resultado de uma parceria
entre MDIC, CNI/SENAI, Apex-Brasil e ABDI, com
apoio do BNDES e Sebrae.
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