Tesc faz o maior embarque de grãos em contêiner no país
Serão embarcados 137 contêineres estufados com soja
Depois de dar início à estufagem de grãos em
contêineres, o TESC (Terminal Portuário Santa
Catarina), localizado no Porto de São Francisco do
Sul, vai realizar o maior embarque numa só escala:
137 contêineres estufados com soja, totalizando
2,7 mil toneladas, devem ser transportados pelo
navio “Sunny Oasis”, no dia 04 de março, com
destino a Port Kelang (Malásia) e Kaoshiung
(Taiwan e China).
O processo é realizado por meio de uma parceria
com outras duas empresas: a Seatrade,
especializada em logística e operacionalização de
cargas, e a BR-Agri, trading que desenvolveu uma
logística para exportar grãos em contêineres.
“Nossa intenção é aumentar os volumes
gradativamente, iniciando o ano com soja e
terminando com milho”, afirma Roberto Lunardelli,
do TESC. A expectativa é que os embarques cheguem
a 180 mil toneladas apenas neste ano.
“A retaguarda do REDEX do TESC aliado ao know-how
e aos equipamentos próprios e específicos para a
conteinerização de grãos da BR-Agri, além do apoio
de armadores na rota para Ásia, tornam o porto
ideal para esse transporte”, explica Lierte
Amorim, diretor da BR-Agri e da Seatrade. Os
equipamentos diferenciados da BR-Agri, por
exemplo, garantem a estufagem de 60 contêineres
por dia, enquanto em outros portos a produção
diária não chega a 15 unidades. Já no TESC, os
constantes investimentos e as condições
geográficas e climáticas favoráveis atraem
exportadores. “Oferecemos uma nova opção de
logística para todos os tipos de operadores. Hoje
o TESC não possui restrição de janela de atracação
e de volume, e estamos nos preparando para atender
esta demanda crescente”, afirma Lunardelli.
A movimentação de grãos estufados em contêineres é
uma tendência que deve crescer nos próximos anos.
O Brasil exporta 75 milhões de toneladas de soja,
milho e farelo, e há uma estimativa de chegar a
500 mil toneladas, ou seja, 1% do total em
contêineres. “No futuro, o Brasil tem potencial de
chegar a 5 milhões ou cerca de 7% das exportações
totais de granéis”, diz Amorim. Segundo ele,
depois dos primeiros embarques realizados, o
mercado percebeu que o Brasil era um fornecedor
viável e confiável, que conseguiria fornecer
volumes em contêiner e a preços competitivos. Além
disso, houve o crescimento da safra brasileira e o
aumento da espera dos navios nos portos, fazendo
com que o escoamento de volumes em contêineres
ajudasse a antecipar alguns lotes.
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